FÓRUM I – METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE QUÍMICA
Quando se fala em ensino de Química, a maioria dos
trabalhos caracterizam-se por memorização de algoritmos e conceitos, de forma
descontextualizada com o cotidiano. Esta realidade já está sendo modificada,
com novas pesquisas e aprimoramento no meio acadêmico. Segundo Chassot (2004),
o ensino de Química deve ser efetivo e oferecer consciência de cidadania,
pensamento crítico e estar voltado a aspectos sociais focados no cidadão e em
conhecimentos sociocientíficos. É necessário que ocorra uma reflexão e um repensar
quanto as metodologias empregadas e a sua finalidade, formar cidadãos críticos,
no contexto do ensino de Química.
(BACKES, Nêmora Francine. PROCHNOW, Tania Renata. O Ensino de
Química Orgânica por meio de temas geradores de discussões: o uso da metodologia
ativa World Café.D. Acesso em 09/10/2019 às 18:39h).
Partindo da premissa da necessidade de um repensar quanto as
metodologias no ensino de química, elabore um texto discursivo abordando as
metodologias ativas no ensino de química, fomentando o pensamento crítico e
construções de conhecimento quanto o estudo de química.
Uma
aula somente expositiva como no ensino tradicional, para estudantes das novas
gerações não explora todas as potencialidades, visto que a informação
encontra-se disponível ao realizar uma busca na internet. As metodologias
ativas possuem ênfase nos estudantes, e assim mais condizentes com essa
geração.
Como
professor, e neste momento participe como aluno da licenciatura em química
oferto as ideias e sugestões para a metodologia ativa Peer Instruction (PI) e
suas ferramentas de interatividade, com foco nas soluções gratuitas. Foi
realizado um levantamento, a partir de pesquisa bibliográfica, de ferramentas
de interatividade gratuitas que possam auxiliar na aplicação da metodologia
Peer Instruction. Concluímos que o PI com suas ferramentas de interatividade
gratuitas facilita o trabalho do professor através de feedback imediato e
possibilita autonomia e trabalho colaborativo entre os estudantes.
A
manifestação apresenta a metodologia ativa Peer Instruction (PI) e suas
ferramentas de interatividade, com foco nas soluções gratuitas.
O FÓRUM
I BUSCA discorrer sobre a necessidade de novas metodologias de aprendizagem na
educação, que coloquem os estudantes como protagonista do processo de
aprendizagem e o professor como um mediador para o aprendizado. A metodologia
ativa de aprendizagem Peer Instruction deve ser estudada em com suas
características e explicitando o passo a passo para sua aplicação, bem como a
apresentação de algumas ferramentas de interatividade gratuitas que auxiliam na
aplicação do Peer Instruction. Consideramos que a importância das ferramentas
consistem na agilidade em dar o feedback ao professor e na motivação dos
estudantes em participar utilizando tecnologia nas suas aulas.
A Peer
Instruction, assim como outras metodologias ativas, vem tornando o ensino e a
aprendizagem mais colaborativos, com o trabalho com os colegas, em pares,
motivando os alunos em seu aprendizado. Espera-se que com tais conquistas os
estudantes possam ser mais críticos e reflexivos. Como a metodologia prevê o
estudo extra sala do conteúdo, espera-se que os estudantes tenham maior
compreensão dos temas estudados em sala, o que vai agregar nas discussões com
os colegas. Dessa forma, a metodologia torna o ensino e a aprendizagem mais
instigante, pois tem-se muitos desafios a cumprir.
VER
BIBLIOGRAFIA
Quero iniciar sugerindo que conheça 4 metodologias ativas que estão
transformando a educação superior:
·
Ensino por pares (ou peer instruction) (Fonte: Giphy) ...
·
Sala de aula invertida (ou flipped classroom) (Fonte: Giphy) ...
·
Aprendizado baseado em projetos (project-based learning) (Fonte: Giphy)
...
·
Gamificação. (Fonte: Giphy)
·
Atualmente, as metodologias ativas de aprendizagem estão
mudando as relações entre alunos, professores e instituições de ensino. Nelas,
o aluno é o protagonista do seu aprendizado, e os professores trabalham como
orientadores, a fim de estimular a crítica e a reflexão por parte do estudante.
Assim, é possível promover um ensino que agrega conhecimentos práticos e
tecnologia, valorizando a capacidade de ação dos alunos.
·
As metodologias ativas vão ao encontro não só
do que é necessário no mercado de trabalho (profissionais mais proativos), mas
também do estilo de vida da nova geração, altamente conectada.
·
Segundo o National Training Laboratories, de Washington (EUA),
as metodologias ativas fazem com que os
estudantes retenham até 90% do conteúdo explorado, contra 20% quando o
aprendizado se dá apenas por aulas expositivas ou leitura de artigos e livros.
O subscritor veem pondo na prática através do GRUPO DE ESTUDOS DA
QUÍMICA(https://wwwforunsead.blogspot.com/)
Ensino
por pares (ou peer instruction)
O método propõe que os estudantes se auxiliem mutuamente no
processo de aprendizagem. O professor funciona como um mediador e fomentador
dos debates, que se baseiam em leituras pré-aula sobre o tema definido. Dessa
forma, o professor pode identificar as dificuldades da turma e direcionar as
discussões, tornando o aprendizado mais efetivo.
O ensino por pares foi
pensado no início dos anos 90, pelo professor holandês de Física Eric Mazur, e
é adotado inclusive por uma das mais importantes universidades do mundo, o
Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.
O
que é aprendizagem entre pares?
A aprendizagem entre pares (ou
times), também conhecida como peer instruction ou team based learning, é uma metodologia
ativa que incentiva o debate e a
reflexão em conjunto.
Para isso, a turma de alunos é
dividida entre pares ou grupos com o objetivo de gerar a troca de ideias sobre
o conteúdo estudado. Desse modo, o
aprendizado é formado conjuntamente, o
que incentiva o desenvolvimento do senso crítico e da capacidade de argumentação
dos alunos.
A aprendizagem entre pares surgiu em
1990, na Universidade de Harvard, situada nos Estados Unidos. A metodologia foi
desenvolvida por Eric Mazur, professor de Física da instituição, que
notou a necessidade de rever o modelo de aula baseado em palestras e incentivar
a participação dos estudantes.
Segundo Paulo Freire, notável
educador brasileiro com grande relevância para a pedagogia, “o importante é que
a fala seja tomada como um desafio a ser desvendado, e nunca como um canal de
transferência de conhecimento”. Assim, temos que é necessário repensar o
tradicional modelo expositivo de aulas, em que somente o professor fala. A participação dos alunos de forma ativa é
fundamental para que o aprendizado se consolide.
Nesse cenário, a aprendizagem entre
pares estimula a ajuda mútua entre os alunos para a compreensão dos conceitos
estudados e também altera a dinâmica tradicional das aulas expositivas. O
objetivo principal é aumentar o engajamento com a disciplina e certificar a
eficácia do ensino.
É possível aprender química e ser professor de química usando o método
citado. Sim.
Quais
são as etapas para desenvolvimento da aprendizagem entre pares?
Após entender o conceito da
metodologia, é importante conhecer quais são os passos para desenvolver a
aprendizagem entre pares. Confira!
1. Planejamento
No primeiro passo, o docente realiza
o planejamento da tarefa. Além disso, é nessa etapa que o objetivo
esperado com a atividade proposta é definido.
2. Preparação
Em seguida, o professor apresenta as
leituras prévias a serem feitas pela turma. O estudo prévio também pode ser
feito incluindo conteúdos multimídia, o que enriquece o aprendizado.
Ainda na fase de preparação, o docente testa o conhecimento que os alunos já possuem e entrega feedbacks com solução de dúvidas acerca do tema
estudado. É importante ressaltar que os testes aplicados devem ser individuais
e também em grupos.
3. Aplicação
Nesta etapa, o professor aponta
situações reais e relevantes relacionadas ao conteúdo estudado. Em seguida, a
turma é dividida entre pares (ou times) e as equipes devem discutir entre si a
situação proposta, com posterior apresentação dos registros levantados.
Leia também: Saiba o que é e como aplicar a Aprendizagem Ativa em sua
IES
Quais
são os benefícios da aprendizagem entre pares?
Confira os principais benefícios da
aplicação da aprendizagem entre pares na IES!
1. Aumenta o engajamento
Tornar o aluno protagonista em seu
próprio aprendizado aumenta o engajamento com a disciplina. E a aprendizagem entre pares promove isso pois
é o estudante quem busca as informações necessárias para interagir com o colega
durante a atividade.
2. Consolida o aprendizado
A metodologia aprendizagem entre
pares incentiva a troca de conhecimentos e consolida o aprendizado. Durante as
tarefas, o aluno precisa revisitar o conteúdo estudado várias vezes, o que promove melhor retenção do tema.
3. Avalia o conhecimento
A segunda etapa de aplicação da
metodologia funciona com testes que avaliam o conhecimento individual e em
grupo dos estudantes. Ainda, ao final da tarefa, o docente é capaz de
identificar o domínio da turma sobre o conteúdo ensinado.
Dessa forma, a aprendizagem entre
pares também garante que o professor obtenha um diagnóstico do aprendizado e seja capaz de reforçar pontos que
estejam defasados.
Método Peer Instruction PI
A metodologia Peer
Instruction tem como principal objetivo tornar as aulas mais
interativas, distanciando-se assim do ensino tradicional, no qual os alunos, em
geral, assumem uma postura passiva em sala de aula.
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